Baixa eficácia da Coronavac é admitida pela China, que fala em mistura de vacinas

Reportagem: Bahia Notícias. Foto: Divulgação

A China reconheceu, neste sábado (10), que a eficácia da vacina CoronaVac, produzida no país para enfrentar a Covid-19, pode ser melhorada. Segundo o diretor dos Centros de Controle de Doenças da China, Gao Fu, o governo do país considera misturar as vacinas de Covid-19 produzidas por lá para aumentar a taxa de efetividade delas. As informações são do G1.

A Eficácia da CoronaVac chegou a ser avaliada em 50,4% por pesquisadores. O limite estabelecido por especialistas em saúde é de 50%. A mais eficaz, produzida pela Pfizer/BioNTech, tem taxa de 97%. No Brasil, o Instituto Butantan adquiriu o imunizante chinês, que já é aplicado na população.

Estudos indicam que a mistura de vacinas, ou imunização sequencial, pode ser fator determinante no aumento da eficácia. Na Inglaterra, já se estuda a combinação entre o imunizante de Oxford/AstraZeneca com a Pfizer/BioNTech.

Uma das possibilidades citadas por Gao para mudar a estratégia seria a tecnologia de mRNA, utulizada na Pfizer/BioNTech. “Todos deveriam considerar os benefícios que as vacinas de mRNA podem trazer para a humanidade. Devemos seguir com atenção e não ignorar só porque já temos vários tipos de vacinas”, pontuou.

Antes, ele havia questionado a segurança deste tipo de imunizante, pois eles estavam sendo utilizados pela primeira vez em pessoas saudáveis.
Porta-voz da Sinovac, Liu Peicheng entende os vários níveis de eficácia encontrados, e justifica que isso pode ocorrer por causa da idade das pessoas em estudo, os tipos de cepa analisados e outros fatores.

Vacinas da Sinovac e Sinopharm, além de terem vindo ao Brasil, foram exportadas para outros 21 países.

O imunizante que usa o processo de mRNA leva para o nosso organismo uma cópia de parte do código genético do vírus. A CoronaVac usa o vírus inativado e a vacina de Oxford usa o chamado vetor viral.