Mesmo veladas, as críticas do PCdoB sobre o relacionamento do governo do Estado com movimentos sociais encontraram repercussão dentro do próprio PT, que lidera o programa das esquerdas para a Bahia.
De acordo com o presidente estadual petista, Jonas Paulo, a preocupação em reativar pontos importantes como o diálogo com movimentos sociais faz parte de um compêndio de sugestões encaminhadas pelo diretório estadual da sigla para o Palácio de Ondina.
“É necessário dinamizar áreas como infraestrutura e urbanismo, por exemplo, e ativar o diálogo com movimentos sociais principalmente nos médios centros. Para nós, o governo deve aguçar sua sensibilidade para esses movimentos, algo que já tínhamos observado desde o final do primeiro turno das eleições”, admite Jonas Paulo.
Mantendo tom semelhante ao adotado pelos comunistas Alice Portugal e Daniel Almeida em matéria publicada na Tribuna, o petista ressalta que as relações com associações de classe e categorias profissionais podem ser melhor trabalhadas, principalmente os formadores de opinião.
O dirigente não fala abertamente sobre quais setores devem ser os principais alvos, porém manifesta o interesse em reaproximar o diálogo com a classe média – classificada por analistas políticos como decisiva para as revezes de grupos ligados à direita nas duas principais cidades da Bahia, Salvador e Feira de Santana. (Tribuna)