Mulher e filha se jogam de carro em movimento para fugir de estupro em Feira de Santana

Mulher e filha se jogam de carro em movimento para fugir de estupro em Feira de Santana

A mãe Márcia Menezes da Silva, de 32 anos, foi surpreendida enquanto pegava um transporte com a filha para virar o ano em uma igreja no bairro do Campo Limpo, em Feira de Santana. A mulher prestou queixa nesta sexta-feira (12) após sofrer uma tentativa de estupro no dia 31 de dezembro, no bairro do Papagaio.

Márcia estava em um ponto de ônibus com a filha de 4 anos, aguardando um ônibus e, de acordo com o Acorda Cidade, afirmou que um homem em um veículo Fiat prata passou à procura de passageiros. Ela achou que se tratava de um ligeirinho, carros que fazem transporte independente, e perguntou quanto o motorista cobraria pela corrida até a passarela do bairro Cidade Nova.

“Ele disse que iria buscar uma moça e que quando voltasse, se eu estivesse lá, acertaria o valor. Quando ele retornou estava só e disse que a mulher já tinha pegado outro carro”, contou.

“Ele me mandou sentar no banco da frente, mas eu senti algo por dentro e decidi sentar no banco de trás. Ele insistiu para eu sentar na frente e botar a criança atrás. Eu disse que iria sentar junto com ela, e quando a gente entrou ele entrou em um matagal”, relatou a mulher.

A vítima contou à polícia que desde o começo alertou o motorista que o caminho estava errado e ouviu palavras obscenas. Ao chegar em um matagal, ela o avisou que se ele não parasse o veículo iria se jogar do carro com a filha. Ele duvidou e Márcia, em um ato de desespero, abriu a porta traseira do veículo. “Eu tenho certeza que se ele tivesse me estuprado iria nos matar depois. Eu joguei minha filha para fora do carro, foi a única coisa que me passou pela cabeça, pois senti muito medo dele acelerar mais o carro. A menina caiu e gritou meu nome e eu me atirei também”, disse.

Ainda de acordo com Márcia, ferida e com a menina no colo, chorando, ela procurou ajuda em várias residências e em um centro de recuperação onde estava acontecendo um culto, mas não houve quem a ajudasse, até que chegou a uma residência onde uma família estava na porta comemorando o Ano-novo, e as pessoas a socorreram. “Eles me botaram dentro de um carro e me levaram para a igreja, onde meu filho estava me esperando. Dei entrada na Policlínica do George Américo, e depois minha filhinha começou a sentir dores e demos entrada na UPA do Clériston. Estou com muitas dores no corpo e na cabeça”, disse a mulher.

Ao receber alta, a mulher se dirigiu até a Deam para prestar ocorrência. A delegada disse irá investigar o caso e aguardar outras denúncias de mulheres. Segundo Márcia, o homem seria moreno e aparenta ter 50 anos.

Informações do Acorda Cidade

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