PF deflagra operação para investigar desvio de verba pública na Bahia

PF deflagra operação para investigar desvio de verba pública na Bahia

Policiais federais cumprem na manhã desta quinta-feira, 6, sete mandados de condução coercitiva durante mais uma fase da Operação Adsumus na Bahia. Os agentes também realizam buscas em oito imóveis de Salvador, Lauro de Freitas e Santo Amaro.

A ação tem como objetivo desarticular um esquema de desvio de verbas públicas, fraudes à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, o grupo é formado por três núcleos empresariais que recebiam valores da Prefeitura de Santo Amaro para realizar obras públicas, fornecer material de construção e alugar maquinário.

Contudo, investigadores descobriram que parte do serviço era realizado por servidores da própria prefeitura, que ainda acabava absorvendo os custos, facilitando o desvio de dinheiro.

Além disso, também foi identificada fraudes e irregularidades nos processos licitatórios. Os empresários recebiam os valores do contrato e depois transferiam parte do dinheiro para um operador do pagamento de propina, que entregava para políticos e servidores públicos.

Uma empresa do ramo de entretenimento, que pertence a secretários municipais, também foi contratada sem licitação. O golpe desviou dinheiro do governo municipal e federal.

A justiça determinou o bloqueio judicial de mais de R$ 38 milhões em valores, imóveis e veículos com o objetivo de ressarcir a União após o esquema criminoso.

Além da PF, o Ministério Público Estadual também participa da ação. A operação já teve outras fases. Em uma delas, o ex-vice-prefeito de Santo Amaro, Leonardo Araújo Pacheco Pereira, foi preso.

A operação foi deflagrada pela primeira vez em julho de 2016, quando cinco pessoas foram detidas. Entre elas, o secretário de Obras, Luiz Eduardo Pacheco, que é primo do então vice-prefeito. Na época, Leonardo Araújo Pacheco foi afastado do caro.

Em setembro do mesmo ano, policiais federais voltaram a entrar em ação e cumpriram oito mandados de condução coercitiva. No mês seguinte, a força-tarefa voltou a cumprir mandados de condução coercitiva relacionados a esta operação.

A Tarde

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