Empresário pinta faixa em frente a hotel em Jacobina e cidadão questiona: “Se ele pode, nós podemos”
Uma atitude inusitada de um empresário de Jacobina gerou indignação em alguns cidadãos que residem nas imediações da Praça 2 de Julho. Na manhã deste domingo, 27, alguns moradores observaram que um empresário resolveu mandar pintar faixas de sinalização de trânsito em frente ao seu estabelecimento comercial. De acordo com um dos moradores que entrou em contato com a redação do JN, a ação não teve autorização do SMTT – Serviço Municipal de Tráfego e Transportes -, órgão de trânsito do município com autoridade sobre a via.
“Imagine se todo mundo sair pintando a frente de sua garagem, do seu ponto comercial ou onde achar que pode fazer, onde vamos parar? Hoje vi essa cena e quase nem acreditei que a pessoa simplesmente mandou pintar a frente do seu comércio como se fosse o dono da rua. Ele agora é o prefeito? isso é um absurdo, quero ver se vai ficar assim só porque ele é um empresário. Se fosse uma pessoa simples, um pobre que pintasse vagas na frente de sua casa, com certeza teria algum problema. Espero que o SMTT ou a prefeitura tome alguma providência. Se ele pode, todos nós cidadãos também podemos interferir na sinalização das nossas ruas”, disse indignado um morador da Praça 2 de Julho, que pediu para não ser identificado.
Sem autorização
Em contato com o diretor do SMTT, Wagne Melkart, ele confirmou que a pintura na via pública não foi uma ação do SMTT e que o órgão de trânsito não autorizou a mudança no local. Ainda segundo o diretor do SMTT, além de ilegal, as faixas estão totalmente fora dos padrões estabelecidos pelas leis de trânsito.
Segundo informações, o empresário já teria feito o mesmo na Rua Francisco Rocha Pires, em frente ao SAC – Serviço de Atendimento ao Cidadão. Ele teria mandado fazer uma faixa de pedestre na rua, em frente a um edifício de sua propriedade, beneficiando apenas os moradores do local. À época, o SMTT apagou a faixa de pedestre e refez em frente à Escola Adventista, para dar mais segurança aos alunos.
Fonte: Jacobina Notícias