Protesto contra Temer em SP tem confronto com a polícia e vandalismo

Protesto contra Temer em SP tem confronto com a polícia e vandalismo

No fim da tarde desta quarta-feira, 31, após o Senador decidir, por 61 votos a 20, cassar o mandato de Dilma Rousseff e dar posse ao presidente Michel Temer (PMDB), manifestantes contrários ao impeachment foram às ruas em várias cidades do País, e grupos favoráveis ao afastamento de Dilma Rousseff comemoraram.

Protesto contra Temer em SP tem confronto com a polícia e vandalismo

Na capital paulista, pelo terceiro dia seguido, os protestos contra o impeachment tiveram confronto entre PM e manifestantes e foram dispersados por bombas de gás lacrimogêneos. Em menos de dois minutos, os policiais lançaram 10 bombas causando grande correria entre os manifestantes, que haviam ateado fogo em lixeiras na rua da Consolação. Parte do grupo chegou a depredar uma viatura da Polícia Civil na região da Praça Roosevelt, centro da capital, além de terem atacado agências bancárias, lojas e uma cafeteria.

Mais cedo na Avenida Paulista, um grupo de cerca de 50 pessoas com bandeiras do Brasil e os manifestantes que estão acampados há meses em frente à sede da Fiesp comemoraram o afastamento definitivo da petista, chegaram a brindar com champagne e até encher um boneco inflável do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e de Dilma Rousseff com uma faixa escrita “tchau querida”. Também foram queimados bonecos de Dilma e da bandeira do PT.

Protesto contra Temer em SP tem confronto com a polícia e vandalismo

Perto dali, e separado por um cerco policial, manifestantes contrários ao impeachment se aglomeraram no vão do Masp e decidiram sair em marcha com cartazes e faixas contra o presidente recém-efetivado no cargo até a rua da Consolação. O grupo, maior que o dos protestos ocorridos no dia anterior, chegou a fechar uma pista da Paulista e bloqueou a Consolação nos dois sentidos. No local, latas de lixo foram queimadas.

Protesto contra Temer em SP tem confronto com a polícia e vandalismo

Os gritos de ordem são “Não tem arrego” e “Fora Temer”. A situação se agravou no fim do dia, quando PM e manifestantes entraram em confronto e a polícia utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Os grupos se dispersaram e uma parte seguiu para a Praça Roosevelt, onde  vândalos depredaram lojas, e até um carro da Polícia Civil.

Rio. No Rio de Janeiro, manifestantes também se reuniram em atos contra e a favor da aprovação do impeachment. A polícia acompanhou os protestos, que seguiam pacíficos até as 19h30.

A partir das 17h, representantes de movimentos sociais e sindicatos se reuniram na Cinelândia, na região central, para protestar contra o impeachment. O ato foi promovido pela Frente Brasil Popular, que reúne mais de cem entidades e partidos políticos de esquerda. Segundo os organizadores, cerca de 2.000 pessoas participaram do ato.
Em Copacabana (zona sul), integrantes de dois grupos que apoiam o impeachment se reuniram na orla, nas imediações do Posto 5, a partir das 18h. O Movimento Brasil Livre-RJ e o Vem Pra Rua se concentraram para comemorar a saída definitiva de Dilma da presidência da República. Não houve divulgação do número de participantes. O ato seguia, pacífico, às 19h30 desta terça.

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Porto Alegre

Na capital gaúcha, um grupo de manifestantes contrários ao impeachment depredou a sede do PMDB de Porto Alegre no início da noite desta quarta-feira, 31. Eles arrombaram o acesso ao local, atearam fogo e também colocaram um contêiner para dentro.

O protesto na capital gaúcha começou por volta das 18 horas com uma concentração da Esquina Democrática, tradicional palco de mobilizações populares, no centro de cidade. De lá, os participantes iniciaram uma caminhada por diferentes ruas da região.

O ato, até então, era pacífico. Nas proximidades da sede municipal do partido do presidente Michel Temer, o grupo encenou uma espécie de velório, colocando fogo em uma réplica de caixão em que estavam escritas palavras como “democracia” e “paz”.

Depois, algumas pessoas se dirigiram ao prédio do PMDB, na Avenida João Pessoa, e com chutes e empurrões forçaram a entrada no local. Na sequência, atearam fogo e empurraram um contêiner que estava rua para dentro do local. Quase todos cobriam o rosto com camisetas e lenços.

A Brigada Militar (BM) usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação. Uma parte do grupo seguiu para a Avenida Ipiranga, onde ateou fogo em pneus.

Estadão

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