Feira de Santana tem 21 casos notificados de microcefalia associados ao Zika; 3 confirmados
Durante reunião de avaliação sobre os casos de microcefalia associados ao Zika Vírus, realizada na manhã desta terça-feira (22) na secretaria municipal de Saúde, se discutiu a inclusão de maternidades particulares no processo de encaminhamento de dados para a Vigilância Epidemiológica (Viep). Estiveram presentes técnicos da Viep, representantes do Hospital da Mulher, de hospitais particulares e do Ministério Público.
A enfermeira sanitarista da Vigilância Epidemiológica, Maricélia Maia, informou que já existem 21 casos notificados de microcefalia associados ao Zika Vírus, sendo sete de crianças que residem em outros municípios da microrregião de Feira e os demais de Feira de Santana, com a confirmação, através de ultrassom, de três casos em Feira de Santana, sendo que dois as gestantes ainda não tiveram os bebês. O outro caso, a criança nasceu com complicações. Maricélia disse que os demais casos estão todos sob investigação.
De acordo com Maricélia Maia o objetivo da reunião foi discutir com toda a rede as estratégias que serão utilizadas para o acompanhamento das gestantes que têm infecção prévia possivelmente pelo Zika Vírus e também para os bebês que estão nascendo com suspeita de microcefalia.
Segundo ela, a reunião definiu o fluxo de atendimento na rede, o fluxo de atendimento aos bebês que estão nascendo e que as mães tiveram Zika durante a gestação, tanto os que nasceram com a microcefalia, como aqueles que não nasceram, mas que a mãe teve infecção pelo Zika.
“A gente tem relatos de crianças que nasceram sem a microcefalia e que tiveram lesões de sistema nervoso central, tiveram algumas manifestações diferentes da microcefalia, por isso a importância. Estamos definindo as responsabilidades da gestão municipal e de outras instâncias de saúde para que a gente possa assegurar assistência para a mãe e para a criança”, afirmou.
A enfermeira destacou que todas as gestantes que têm relato de ter tido infecção por Zika deverão ser notificadas à vigilância, independente de ela ser acompanhada na rede pública ou particular. Além disso, todas as gestantes que também detectaram durante a gestação, via ultrassom, alguma alteração, mesmo não tendo o registro da Zika, devem ser investigadas. Todos os bebês que nasceram de mães que tiveram supostamente Zika, com ou sem microcefalia, também deverão ser notificados à vigilância epidemiológica.
Por Daniela Cardoso e Ney Silva
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