Após oito horas de sequestro e 27 mortos, 170 reféns são liberados no Mali
Após mais de oito horas de sequestro, as 170 pessoas mantidas reféns no hotel Radisson Blu, em Bamako, no Mali, foram libertadas pelas forças policiais do país. Segundo a agência de notícias Reuters, pelo menos 27 morreram, incluindo dois terroristas.
Segundo a Rezidor, empresa que controla o hotel Radisson Blu, entre os reféns haviam 140 hóspedes e 30 funcionários. De acordo com a imprensa local, a segurança no hotel foi reforçada desde a última sexta-feira (13), após os ataques terroristas em Paris.
O grupo terrorista Al-Mourabitou, filiado à rede Al-Qaeda, reivindicou o ataque em uma postagem no Twitter. No entanto, agências de inteligência, não confirmaram a informação. O chefe das forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Mali, Mongi Hamdi, disse que uma possível causa do ataque foi a reunião entre diplomatas que aconteceria no hotel para discutir o processo de paz no país.
Em seu perfil no Twitter, o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keïta, agradeceu o empenho das forças de segurança. “O presidente IBK saúda o profissionalismo das forças de defesa e segurança do Mali e agradece os países amigos por sua assistência”, postou Keïta.
Entre os reféns, estavam cidadãos de pelo oito nacionalidades, dentre eles 20 indianos, sete argelinos e seis norte-americanos. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou em nota que não haviam brasileiros no local.
A companhia aérea Air France informou que 12 integrantes de sua equipe estavam entre os reféns. Eles foram removidos do hotel e estavam em segurança. “Por medida de precaução, os voos da Air France de e para Bamako nesta sexta-feira foram cancelados”, afirmou a empresa em nota.