O consumidor deve preparar o bolso para pagar até 12% mais caro pelos materiais escolares este ano. E o vilão da vez é o papel. Livros didáticos, papel ofício, cartolina, cadernos e demais derivados vão pesar na lista de produtos exigidos pelas escolas.
Segundo estimativa da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), os derivados de papel tiveram aumento de 9% a 12% ao longo de 2013.
Já os demais itens, como cola, régua, canetas etc, tiveram reajuste similar ao da inflação, de até 6%, de acordo com o presidente da ABFIAE, Rubens Passos.
“O papel tem uma variável um pouco diferente porque nós temos poucos fornecedores no País. Além disso, é um commodity, que é impactado pelas políticas de importação e o preço do papel internacional”, afirma Passos.
E o percentual pode ser maior. Em um dos fornecedores de papel ofício da Livraria Monteiro, localizada na Avenida Joana Angélica, o reajuste chegou a 18%.
“O pacote de papel ofício de 500 folhas aumentou 18%. Estou tentando outro fornecedor para não repassar o preço para os clientes”, conta a sócia da livraria, Patrícia Monteiro.
Livros
Ao fazer a sua pesquisa para comprar os materiais escolares dos filhos, a auxiliar de serviços gerais Suely Brandão ficou surpresa com o valor dos livros didáticos. “Até agora estou achando os preços muito salgados. Os livros estão muito mais caros do que ano passado”, diz.
Os livros didáticos têm preços tabelados pelas empresas editoras, mas para os demais itens da lista de material escolar vale a velha regra de pesquisar bem antes de fechar a compra.
Em uma pesquisa realizada por A TARDE em quatro livrarias de Salvador, foram encontradas diferenças de até R$ 0, 40 em itens de marcas similares. Na Livros&Cia (Avenida Joana Angélica), por exemplo, a fita adesiva transparente pode ser encontrada por R$ 2,50. Já na livraria Casa Monteiro o item custa R$ 2,95.