Acusados de utilização indevida da verba indenizatória, os nove vereadores da cidade de Fronteira, a 667 quilômetros de Belo Horizonte, estão presos por ordem da Justiça. A prisão foi pedida pelo Ministério Público Estadual.
A presidente da Câmara, Sileide Nunes do Nascimento (PP), e os outros oito integrantes do Legislativo local foram presos ontem e levados para o presídio de Frutal, a 50 quilômetros de distância de Fronteira. A movimentação de familiares dos vereadores em frente ao presídio foi intensa durante toda a tarde.
Alguns acreditavam que os parlamentares pudessem ser soltos a qualquer momento por força de um hábeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas a assessoria de imprensa do órgão informou que até o final da tarde nenhuma ação para tentar libertá-los foi apresentada.
A prisão preventiva dos vereadores foi pedida pelo Ministério Público (MP) porque eles estariam praticando reincidência no crime de desviar verbas indenizatórias em benefício próprio, informou a promotoria de Frutal, responsável pelo caso. Ainda conforme a promotoria, as supostas irregularidades cometidas pelos vereadores foram observadas entre janeiro de 2009 e dezembro de 2010.
Fronteira possui pouco mais de 3,6 mil habitantes, portanto, a arrecadação da cidade é modesta. A promotoria de Frutal divulgou alguns detalhes do processo que levou à prisão dos vereadores, mas não informou qual seria o valor do rombo aos cofres públicos.
Tribuna da Bahia.