O plano de reestruturação anunciado pelo Banco do Brasil, com o consequente fechamento de agências bancárias nos municípios brasileiros, está preocupando o prefeito de Caém, Arnaldo Oliveira Filho, um dos municípios que poderão ser afetados.
“Temos uma agência com mais de trinta anos, sempre com resultados positivos, sem causar nenhum prejuízo, sem o registro de nenhum assalto, ou qualquer tipo de situação que pudesse dar prejuízo ao banco. E, simplesmente, eles avisam à população, sem ao mesmo comunicar ao Município, que seu maior cliente, que irão fechar a agência de Caém no próximo dia 17 de maio”, reclama o prefeito Arnaldinho.
Na semana passada, o presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá, listou como o Banco do Brasil está presente na economia dos municípios, no apoio ao pequeno agricultor, favorecendo o desenvolvimento através de investimento das prefeituras em obras e maquinários, na oferta de crédito, no fomento à agricultura familiar, no acesso a benefícios de aposentadoria e no pagamento da folha dos servidores municipais. “São 26 municípios baianos que perderão sua única agência e sua capacidade de operacionalização de crédito”, lamentou sobre a grave situação.
REALIDADE LOCAL
O presidente da CNM, Glademir Aroldi, destacou que os gestores estão sofrendo “uma pressão absurda da sua população” contra o fechamento das agências. Segundo ele, esse “é um assunto extremamente grave” que precisa de uma escuta do banco sobre a realidade do interior do Brasil. “Nós temos mil municípios que não têm acesso à internet e outros mil com acesso precário”, ponderou sobre a dificuldade de substituir as agências por serviços digitais. Aroldi acabou por questionar: “Vão fechar o Banco do Brasil e quando fecharão as prefeituras?”.
Os prefeitos ressaltaram que o momento não é adequado para mudanças e o fechamento de agências durante a pandemia, certamente, gerará aglomerações e um trânsito maior de pessoas. Os gestores também comentaram que quando o cidadão se desloca para outros polos comerciais para fazer movimentações bancárias, o dinheiro deixa de circular no município, esvaziando o comércio local.
Diante da gravidade da situação, o presidente da UPB, Zé Cocá, decidiu que a entidade fará um levantamento das condições dos municípios afetados pelas medidas de reestruturação do Banco do Brasil e apresentará à bancada de deputados e senadores baianos o pedido para que defendam o papel social de banco público em promover o desenvolvimento econômico sustentável da nação.
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