O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai precisar de um novo aporte de R$ 30 bilhões, já no primeiro semestre de 2015, para honrar contratos em andamento. O banco recebeu, há duas semanas, nova injeção financeira do Tesouro Nacional nesse mesmo valor, poucos dias depois do primeiro pronunciamento de Joaquim Levy como ministro da Fazenda do segundo governo de Dilma Rousseff. Mas o aporte não será suficiente para financiar os compromissos já assumidos, o que tem causado grande apreensão no banco e na área econômica do governo por conta do risco de comprometimento dos investimentos programados. O novo ministro já enfatizou a necessidade de estancar as transferências do Tesouro para instituições públicas e, ao que tudo indica, será duro o embate entre a Fazenda e o banco de fomento. Com comprometimento em torno de R$ 70 bilhões em financiamentos firmados com base na TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), o BNDES não dispõe do funding necessário para bancar todos os desembolsos.