Programas da Bahia têm baixa execução, dizem especialistas

A quatro meses do final do exercício de 2014, o governo da Bahia executou 47,9% - ou seja, menos da metade - do valor total previsto no orçamento do estado. Foram R$ 19,8 bilhões em despesas liquidadas entre janeiro e agosto, de 41,4 bilhões previstos, de acordo com dados do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado da Bahia (Fiplan). Com isso, programas importantes do governo estadual receberam poucos investimentos. O Pacto pela Vida, carro-chefe da política de segurança pública, teve 33,6% de execução. Na alfabetização e educação de jovens e adultos, foram executados 20%. Já as ações ligadas à mobilidade e acessibilidade urbana tiveram 22,7% de execução. Finanças: O deputado oposicionista Carlos Gaban (DEM), que tem alertado sobre a situação financeira do estado, afirma que, com o custeio elevado da máquina, o governo perdeu o potencial de investimento. "O governo jogou a toalha. A única preocupação é arrumar as suas contas. Por isso, não cumpre o que foi aprovado", afirma. O parlamentar aponta ainda uma tendência geral na redução de investimentos. "Se fizer o levantamento de praticamente todos os programas, vai ver o baixíssimo índice de investimento", diz. A avaliação é compartilhada por um especialista em finanças que tem acesso aos dados governamentais e preferiu não se identificar. Segundo ele, a situação é agravada por uma dificuldade de caixa ou um "desbalanceamento"."Há um déficit superior a R$ 2 bilhões. Então, ou se seguram os investimentos ou o governo não fecha as contas", explica. Para exemplificar, ele utiliza uma metáfora cotidiana. "Quando estamos com as contas apertadas, cortamos o lazer. É como se o estado estivesse cortando o cinema, o barzinho". Também especialista em finanças públicas, o professor Antônio Ribeiro faz um diagnóstico da situação. "De qualquer jeito, há uma defasagem entre o que foi planejado e o que foi executado. Pode ser incapacidade de execução, pode ser insuficiência de recursos. Ou as duas coisas juntas", aponta. Ribeiro chama atenção ainda para a execução em áreas essenciais, como a segurança pública. No policiamento, foram executados 15,9% do valor orçado, até junho. Em informação e inteligência, foram 10,7%, no mesmo período. (Atarde)

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