O número de casos de dengue deve cair até o início da Copa do Mundo, o que representará um risco menor para os turistas que visitarão o país, segundo apontam especialistas. O evento vai coincidir com um período em que normalmente se observa uma queda sazonal da doença. Uma projeção feita por pesquisadores da USP e de outras instituições concluiu que, no pior dos cenários, haverá 59 ocorrências de dengue entre os 600 mil visitantes que o país deve receber durante a Copa. Para se chegar a esse resultado, a projeção levou em conta a média de casos de dengue registrados nas cidades-sede no mesmo período da Copa – entre 12 de junho e 13 de julho – nos quatro anos anteriores. Além disso, considerou a estimativa do número de visitantes que o país deve receber e os possíveis roteiros escolhidos pelos turistas. Um dos autores do estudo foi o infectologista Marcelo Nascimento Burattini, professor da Faculdade de Medicina da USP e da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). Ele explica que a primeira etapa do cálculo foi estimar o risco de contrair dengue em cada dia de permanência no país, em cada cidade-sede. Depois, estimou-se a quantidade de estrangeiros em cada cidade, durante cada dia do mundial. Foram simuladas 32 opções de roteiro, levando em conta que um visitante pode querer acompanhar os jogos de seu time pelo país e permanecer durante mais tempo nas cidades com mais atrativos turísticos.