Dieta dos avôs pode ser a causa do aumento da infertilidade masculina

Um em cada seis casais provavelmente terá dificuldades para engravidar e, em cerca de metade destes casos, o problema será com o homem. E, ao que tudo indica, a situação vem se agravando com a redução da contagem de espermas, por isso, especialistas alertam para a crise da fertilidade masculina. Segundo o site inglês Daily Mail, uma pesquisa francesa publicada há cerca de um ano concluiu que a contagem média de espermatozoides caiu 1/3 entre 1989 e 2005. Pesquisadores do Institut de Veille Sanitaire recolheram amostras de 26 mil homens ao longo destes anos: no início, a contagem era de 73,6 milhões por ml e, em 2005, este número caiu para 49,4 milhões por ml. Os médicos consideram a contagem baixa quando o número fica abaixo de 20 milhões por ml. Um outro levantamento divulgou que o número de homens com contagem abaixo de 40 milhões por ml aumentou de 15% nos anos 1930 para 40% na década de 1990. CONTINUAR LENDO...
Apesar do estresse psicológico e da infertilidade, a baixa de espermatozoides é um aviso de outros problemas físicos. Um estudo dinamarquês concluiu que há uma relação direta entre qualidade do sêmen e a mortalidade. Um dos motivos é porque o espermatozoide depende parcialmente da testosterona, hormônio que protege o corpo contra algumas doenças. O professor da Edinburgh University, Richard Sharpe, explica que a redução deste número pode estar relacionada ao aumento de outras complicações. "A situação presente não é boa para os homens", disse. 
E quais os motivos para esta situação? "Sabemos que o que acontece com um bebê no útero é criticamente importantate para determinar os níveis de testosterona", explica o especialista. Um estudo da Universidade de Western, da Austrália, analisou 2 mil homens desde o nascimento e descobriu que aqueles que tiveram crescimento fetal pobre, que tinham mães fumantes durante a gravidez ou que estavam acima ou abaixo do peso ideal na infância tinham mais chances de terem baixa contagem de esperma. 
A culpa pode ser dos avôs
O estilo de vida dos pais e avôs também tem influência. O jornal Human Reproduction publicou um artigo no qual dizia que ratos machos que recebiam uma dieta rica em gordura tinham filhos com problemas de fertilidade e apresentavam espermas com mais problemas de DNA e menos produção de filhotes. A conclusão portanto é de que a dieta pode influenciar a fertilidade dos filhos e até dos netos.
"Vários estudos mostram que o consumo de gordura reduz a contagem de espermas, mas o mais preocupante é que os efeitos negativos se estendem às gerações futuras", explica o professor Sharpe. Ele comenta que se a alimentação dos avôs dos homens que hoje enfrentam problemas foi um dos responsáveis pela queda dos números, então a situação é ainda mais preocupante, considerando que a dieta atual é ainda mais pobre e que pode comprometer seriamente as gerações futuras. "Precisamos descobrir rapidamente o quanto isto é verdade, pois pode ser uma bomba relógio", aifrma.
 Insônia e produtos químicos também preocupam
Hábitos atuais podem gerar problemas futuros, mas já causam desconforto. Um estudo dinamarquês analisou 953 homens e concluiu que aqueles que tinham insônia apresentaram uma contagem até quatro vezes mais baixa, isto porque a qualidade do sono pode estar relacionada ao excesso de álcool, diabetes e obesidade. Deficiência de vitamina D também é um fator que compromete a fertilidade masculina, uma vez que o composto é importante para manter os níveis hormonais. 
Produtos químicos também influenciam na saúde masculina. Um estudo chinês concluiu que os homens que tinham muito contato com bisfenol A - composto presente em embalagens plásticas, principalmente de comidas e latas - tinham entre duas e quatro vezes menos quantidade e qualidade de espermas. Segundo os pesquisadores, este composto pode alterar a forma como o esperma é produzido. No entanto, médicos discordam quanto ao real dano que os produtos químicos podem causar, pois alguns dizem que a quantidade de exposição é muito pequena.

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