Especialistas debatem consequências do uso de anabolizantes pelos jovens

Um estudo do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), instituição ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que em 2011, 1,4% dos estudantes do Brasil colocaram a saúde em risco para ganhar músculos. Em 2004, primeiro ano pesquisado, o índice era de 0,8%, um aumento de 75% em seis anos. Nesta última semana, uma mesa redonda, com participações de estudantes do ensino médio, professores de educação física, nutricionista, personal trainer e atleta de bodybuilder reacendeu as discussões sobre o uso de substâncias que têm como fim a “busca pelo corpo perfeito”. Foram discutidos temas como: momento adequado para os jovens iniciarem a musculação; a influência da alimentação nos resultados da musculação e na vida; os efeitos dos anabolizantes no desempenho físico e a individualidade biológica. Para um dos incentivadores do projeto, o professor de educação física, Tarcisio Barreto, a necessidade de apresentar a realidade de atletas para os alunos, surgiu das discussões em sala de aula. “Esses estudantes de ensino médio estão vivendo uma época de estouro do fitness, e estão procurando cada vez mais o esporte, a atividade física, e a musculação. 

Muitas vezes eles se espelham em famosos e nas fotos das revistas, e a realidade, é muito diferente disso. Trouxemos profissionais para sanar as dúvidas deles, abrir os olhos, e alertamos eles que na verdade, tudo que eles pensavam sobre a malhação, estava errado,” conta o professor. De acordo com Barreto a busca cada vez mais cedo pelo corpo perfeito não é um problema, desde que seja feita com acompanhamento. “Já ajudei crianças de oito anos, sem nenhum problema. Esporte, atividade física, é saúde. Claro que feito com um acompanhamento de um profissional adequado, para que não atrapalhe o crescimento dele, e que não tragam prejuízos irreversíveis,” explica. A estudante Tainã Silva tem 16 anos e aos 13 já tinha iniciado a vida na academia, para ela, musculação foi uma questão de saúde. “Eu sempre tive hipertireoidismo, desde os nove anos, fui ganhando peso e meus pais acharam que o melhor pra mim era fazer uma atividade física que envolvesse aeróbico e musculação, me ajudou muito e eu me apaixonei. Aproveitei essa palestra para tirar dúvidas sobre como a academia pode modificar aspectos do corpo da mulher que é uma atleta, como o ciclo menstrual e a gravidez,” conta a estudante. Jovens têm dúvidas sobre ganho muscular e dietas: Segundo o nutricionista João Paim, entre as maiores dúvidas dos jovens estão as questões de ganho muscular, uso de anabolizantes e dietas revolucionarias. “Tentamos explicar que não é por que a dieta da atriz, ou da amiga, deu certo pra ela, que vai dar certo pra todo mundo. É necessário um acompanhamento medico. Uma alimentação errada pode trazer uma série de doenças que vão desencadear no futuro desse jovem, como a obesidade, diabetes e até mesmo a anorexia. Um treino errado, pode trazer problemas articulares, e o uso de anabolizantes pode trazer doenças como o câncer, hipertensão e problemas renais,” pontua o nutricionista. A mesa redonda foi composta por: Leandro Barreto, (professor de educação física, personal trainer, atleta de bodybuilder na categoria estreante até 70kg e baiano até 70kg sênior); Hamilton de Pádua (professor de educação física, personal trainer, atleta de bodybuilder na categoria estreante até 65kg e baiano até 65kg sênior) e João Paim (nutricionista, pós graduando em nutrição clínica e esportiva e coordenador da rede Nutrition Store). O evento, que aconteceu no auditório do colégio Salesiano Dom Bosco, foi uma iniciativa da própria instituição.

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