O caso aconteceu em Nukus, na região autônoma do Caracalpaquistão, no oeste do país. Em entrevista à rádio Ozodlik, um professor descreveu a situação como "vergonhosa". "No ano passado, eles nos pagaram com batatas, cenouras e abóboras. Neste ano, estão nos forçando a aceitar pintinhos em vez de dinheiro. Se quiséssemos galinhas, poderíamos comprá-las no mercado a um preço muito mais baixo", criticou. Outro docente diz que cada pintinho vale, segundo a cotação oficial das autoridades, cerca de 7 mil soms ($2,50 ou R$8,80). No entanto, podem ser encontrados à venda no mercado local pela metade do preço. O Uzbequistão enfrenta escassez de dinheiro há anos, o que provoca atrasos no pagamento de salários e pensões. No início deste mês, funcionários públicos na capital, Tashkent, reclamaram que não estão sendo pagos há dois meses porque os bancos "não têm dinheiro".