Os bancários rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os trabalhadores queriam uma correção de 16%, dos quais 5,7% de aumento real. Mas o setor ofereceu 5,5% de correção, com R$ 2.500 de abono. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), sem aumento real, categoria pode entrar em greve a partir do dia 6. O Comando Nacional dos Bancários vai indicar a rejeição da proposta da Fenaban nas assembleias estaduais, que acontecerão nos dias 1º e 5. No dia seguinte, a categoria pode cruzar os braços como forma de rechaçar a proposta dos patrões. “Depois de diversas rodadas de negociação, apresentamos uma série de dados que comprovam a viabilidade das nossas reivindicações e a federação dos bancos nos apresenta uma proposta com perda real, ignorando questões fundamentais para manter o emprego do trabalhador e melhorar as condições de trabalho da categoria”, afirmou em nota Roberto von der Osten, presidente da Contraf. Também em nota, Juvandia Moreira, vice-presidente da confederação e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, disse que o índice de reajuste foi o pior já oferecido pelos bancos desde 2004 e que a Fenaban tem até o dia 1º para apresentar uma nova proposta.