A Google anunciou ontem segunda-feira (10) uma alteração em sua estrutura corporativa, o que colocará cada área de seus negócios sob o guarda-chuva de uma nova empresa, batizada de Alphabet. Esta é a maior reformulação na história da companhia desde que ela foi criada em 1998, ainda como um buscador de internet. Essa nova estrutura será introduzida em fases nos próximos meses. A Alphabet funcionará como uma holding para abrigar as várias divisões de negócio da empresa, que vão desde seus serviços de internet, reunidas dentro da Google Inc., a áreas mais variadas como a Calico (saúde), a Google Ventures (fundo de capital semente), a Google Capital (fundo de investimento) e a Google X (pesquisa e desenvolvimento). Larry Page, atual presidente-executivo do Google, se tornará o CEO da Alphabet. Já Sergey Brin, o outro fundador da empresa, assumirá a presidência da companhia. "Fundamentalmente, acreditamos que isso nos permite mais habilidade de administração, já que passamos a comandar coisas que não têm tanta relação de forma independente", escreveu Page no blog da empresa. "O novo Google está um pouco mais magro, com as companhias que estão muito longe dos nossos produtos de internet contidos na Alphabet". Com a mudança, a Google Inc., companhia responsável pelas áreas de internet, como YouTube, buscador, Mapas, Chrome, Android, Gmail, passa a ser comandada por Sundar Pichai. Antigo vice-presidente de produtos, ele se torna o novo presidente da empresa. Contendo os serviços responsáveis por grande parte da receita anual da companhia, que em 2014 chegou a US$ 60 bilhões, a Google se torna efetivamente uma subsidiária da Alphabet. As demais divisões atuais da Google também passarão a ser subsidiárias da Alphabet, como a Calico (de mapeamento de código genético) e a Life Sciences (de lentes de contato para detectar diabetes). Outra das antigas divisões alçada ao posto de empresa independente é o Google X, responsável por alguns dos projetos de maior visibilidade da companhia: o Loon, que fornece conexão à internet via balão para lugares remotos do mundo; o carro que se dirige sozinho; o celular modular, que pode ter componentes como bateria e câmera reorganizadas conforme a vontade do usuário; e os óculos inteligentes Glass.