Mulheres com implantes de silicone nos seios possuem quase três vezes mais chances de se suicidar do que aquelas que não passaram pelo procedimento. É o que aponta uma pesquisa desenvolvida pelo Centro Médico da Universidade Vanderbilt, em Tennessee, nos EUA, e publicada no periódico Annals of Plastic Surgery”. O estudo acompanhou o caso de 3.527 mulheres suecas que passaram pela cirurgia entre 1965 e 1993, e os pesquisadores analisaram os suas certidões de óbito para investigar as suas causas de morte. Apenas 24 das mulheres cometeram suicídio depois da idade média de 19 anos, índice que, apesar de parecer pequeno, representa o triplo de risco daquele observado com a média da população. Loren Lipworth, uma das co-autoras do estudo, indica que cirurgiões que realizam este tipo de procedimento devem acompanhar os seus pacientes com atenção, ou indicá-los a um grupo de risco de suicídio. "O aumento no risco de suicídio não foi aparente até dez anos depois da realização do implante", escreveram os pesquisadores. Lipworth acredita que algumas das mulheres que passam pelo procedimento cirúrgico podem ter problemas psiquiátricos ligados, possivelmente, a uma baixa auto-estima ou insatisfação com seu físico. “Acredito que não sabemos o quão grande é esse problema porque não podemos nem mesmo identificar a proporção das mulheres que têm desordens psiquiátricas”, afirmou a pesquisadora. O estudo também indica que mulheres com implantes nos seios também apresentaram o triplo de chances de morte pelo uso de drogas e álcool. "Ao menos 38 mortes (22% do total de mortes) foram associadas a suicídio, transtornos psicológicas ou abuso/dependência de drogas e álcool",afirmaram os pesquisadores.