"O mundo vai mudar", diz Dilma após descer de carro sem motorista do Google

No último dia de viagem aos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff conversou com o presidente-executivo do Google, Erick Schmidt, sobre formas de estimular o desenvolvimento da indústria de tecnologia e inovação no Brasil. Ela também visitou a sede da companhia no Vale do Silício, no estado da Califórnia. No Google, Dilma passeou com a filha Paula no novo projeto da companhia: um carro equipado com um sistema de direção inteligente, capaz de circular sem motorista. Dois técnicos brasileiros, que trabalham no Google, também embarcaram no veículo para explicar o seu funcionamento para a presidenta. Apesar de o carro ter direção inteligente, a legislação dos Estados Unidos exige que uma pessoa esteja sentada no banco do motorista para assumir a direção, em caso de emergência. Ao desembarcar, Dilma disse que acabava dei de descer do futuro. "É fantástico! O que se sente é que você está com um motorista dirigindo e que ele é um motorista que respeita os sinais, respeita a existência de veículo da frente, bicicletas e pedestres”. A presidenta manifestou sua surpresa com a tecnologia. “Acredito que eles estão num nível de desenvolvimento que eu jamais imaginei que houvesse. A mim impressionou extremamente. É, de fato, algo que tem que ser relatado, tem que ser mostrado, porque significa que nesta área o mundo vai mudar. Significará também um transporte público mais seguro, mais eficiente”. Mais cedo, Dilma Rousseff se reuniu com a presidenta da Universidade da Califórnia, Janet Napolitano, e com o reitor da Universidade de Berkeley, Nicholas Dirks. Ela visitou ainda a Universidade de Stanford e almoçou com Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado. A comitiva brasileira quer estimular o intercâmbio de estudantes e pesquisadores, e ainda estimular novas parcerias para o Brasil. Os Estados Unidos são o principal de destino de brasileiros no programa do governo federal Ciência sem Fronteira, que concede bolsas de estudo para formação no exterior. O Brasil quer aumentar o número de estudantes em áreas como engenharia, algoritmo e biotecnologia. Na entrevista à imprensa, a presidenta Dilma Rousseff comentou a aprovação, pelo Senado, do reajuste de até 78% para os servidores do Judiciário. Segundo ela, o aumento é insustentável e compromete o ajuste fiscal proposto pelo governo para equilibrar as contas públicas. Antes de embarcar de volta ao Brasil, Dilma Rousseff ainda visita à agência espacial norte-americana, a Nasa, e conversa com empresários do setor aeroespacial. (Agência Brasil)

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