Segundo dados do Ministério da Saúde, mais 2 milhões de pessoas já usaram os chamados dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), sendo a maior prevalência entre jovens entre 18 e 24 anos.
No Brasil, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no país, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009.
O cirurgião oncológico e diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, disse
que o cigarro eletrônico foi escolhido para tema da campanha deste ano porque embora sua comercialização e propaganda estejam proibidas no país pela Anvisa, sabe-se que o produto está difundido no meio dos jovens e é uma porta de entrada importante para o vício do tabaco.
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) descobriu que um em cada cinco jovens brasileiros fuma cigarro eletrônico.
O dispositivo costuma funcionar com bateria, acionada para esquentar um líquido que geralmente contém nicotina, aromatizante e outros produtos químicos, como o tabaco.
Os DEFs, podem ser vaper, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros.
Segundo Maltoni, os “cigarros eletrônicos vêm disfarçados em uma série de formatos, aromas e sabores, quando às vezes carregam até concentrações de nicotina muito maiores do que o cigarro convencional”.
“Por norma, o cigarro convencional pode ter até um grama de nicotina, que é a substância que vicia, enquanto os cigarros eletrônicos chegam a ter até 7 gramas por unidade”, disse o médico.
Os dados da fundação dizem que um vaporizador de 1.500 tragadas equivale a 5 maços de cigarro.