Vereadores protocolam pedido de CPI do Transporte Escolar em Jacobina

Denúncia de atraso de pagamentos, má qualidade dos serviços e linhas superfaturadas


Motivados por denúncias de má qualidade dos serviços prestados, atrasos e falta de pagamento de salários, inexistência de carteira de trabalho e de previdência social (CTPS), falta do cumprimento das obrigações trabalhistas e muitas outras acusações, vereadores do município de Jacobina protocolaram, na manhã desta sexta-feira (17), pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Escolar.

Assinado pelos vereadores Juliano Cruz, Noelson da Caatinga, Simone, Jane Márcia, Zé do Povo, Magrão e Carlos de Deus, o pedido da CPI foi feito ao presidente da Câmara de Vereadores de Jacobina, vereador Clodoaldo Moreira, e tem a finalidade de investigar o serviço de transporte escolar no município de Jacobina.

“O que começa errado, não pode terminar correto. É de conhecimento público que a Coopimonte foi criada em maio de 2021, menos de cinco meses após o início da gestão Tiago Dias, e que, desde o início, teve a sua existência questionada, a legalidade da contratação, por parte da Prefeitura, questionada e muitos dos contratos com prestadores de serviço também são questionáveis... E não bastasse essa série de irregularidades, o serviço coloca a vida dos estudantes em risco iminente”, denuncia o vereador Juliano Cruz.

O vereador Noelson da Caatinga lembrou que desde quando a Prefeitura contratou a Coopimonte ele próprio questionou a falta de atestado técnico. “Uma empresa para participar de licitação, especialmente para o setor público, precisa de atestado técnico. Como é que se funda uma empresa em cima da hora, para prestar tão importante serviço e no valor em questão, e não tem como comprovar quando e onde prestou o serviço a que se propõe”, questionou o parlamentar.

Além dessas denúncias, os parlamentares fazem outras graves acusações: Em 2020 o município tinha 68 linhas de transporte escolar que, logo após a contratação da Coopimonte, passou para 105 linhas. Ainda mais estarrecedor é a acusação de linhas superfaturadas, que recebem por quilômetros a mais que o serviço prestado.




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