Sete torcedores do Palmeiras tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça e são procurados pela polícia por envolvimento na emboscada que resultou na morte do cruzeirense José Victor Miranda e deixou outros membros da torcida organizada Máfia Azul gravemente feridos.
O ataque, ocorrido no dia 27 de outubro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, foi promovido por integrantes da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do Palmeiras. Armados com barras de ferro, rojões e miguelitos [objetos pontiagudos para furar pneus], os torcedores palmeirenses pararam dois ônibus que transportavam torcedores do Cruzeiro, incendiando um dos veículos e depredando o outro.
Entre os detidos, está o motoboy Alekssander Ricardo Trancredi, de 31 anos, que responde a acusações de homicídio, lesão corporal, dano, tumulto e associação criminosa. Ele foi encaminhado à carceragem do 8º Distrito Policial, no Brás, e passou por audiência de custódia no sábado, 2, no Fórum Criminal da Barra Funda, onde teve a prisão mantida por 30 dias, mesmo com pedido de liberdade apresentado pela defesa.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, aponta que Jorge, presidente da Mancha Alviverde, idealizou e participou da emboscada. Segundo as autoridades, a ação foi planejada como uma retaliação a um ataque sofrido pelos palmeirenses em 2022, em Minas Gerais, quando Jorge foi agredido e exposto nas redes sociais por membros da Máfia Azul.
Além das prisões, a polícia apreendeu barras de ferro, pedaços de madeira, rojões e até bolas de sinuca, usados como armas no ataque. Os torcedores palmeirenses, após a ação, postaram vídeos nas redes sociais, o que facilitou a identificação e a responsabilização dos envolvidos.
A Tarde