Operação Esfinge prende 23 acusados; delegado e major lideravam organização criminosa

1/6/2011 0h13 -Vinte e três pessoas foram presas nesta terça-feira (31) pelas Policias Civil e Militar, e agentes do Ministério Público (MP-BA) sob acusação de crimes ligados a formação de quadrilha em quatro municípios e na capital baiana; entre os presos estão o comandante da Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), major José Silvério, e o delegado de polícia civil, Jackson Silva, ambos acusados de liderar a organização criminosa.

De acordo com o MP-BA, o objetivo da Operação Esfinge é desmantelar uma organização criminosa que pratica crimes 'de receptação de carga roubada, homicídio, extorsão, tráfico de drogas, dentre outros'.

Pelo menos 16 prisões ocorreram em Camacan. Além do delegado Jackson Silva e do major PM José Silvério, foram presos em Camacan os investigadores Carlos Jorge Silva Góes, Clevison José Alves Rocha, Lailson Monteiro Lobo, Paulo César de Oliveira, Thales Santos Carvalho e João Oliveira Larcher (aposentado), as escrivães Carla Cristina Brito Felix e Tatiane Ribeiro Tanajura. Também estão presos o sargento PM Lauro Antônio Oliveira Ferraz, os soldados Lúcio Lima Viana e Matheus Ferraz Costa

Os empresários José Siqueira Silva, Edvan e Ivan Santana, que também estavam em Camacan, foram levados pelos policiais. Edvan é acusado de ter assassinado a ex-companheira - a empresária Katia Cristina Lima dos Santos - em outubro de 2010. Conforme a corregedora chefe da Polícia Civil, delegada Iracema Silva de Jesus, outras sete prisões em flagrante – duas por peculato (apropriação ou desvio de bem público ou sob responsabilidade do poder público), e cinco por porte ilegal de arma - foram realizadas.

Foram apreendidos armas, munições, carros e motocicletas com evidências de adulteração.

A Operação Esfinge mobilizou cerca de 150 homens e teve a participação, além do MP-BA, da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Vinte e um mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz de Direito em exercício na Vara Crime da Comarca de Camacan. Tribuna da Bahia