Salvador: Kannário abandona trio após confusão com a PM na pipoca: ‘Precisa ser respeitada como a de Bell e Saulo’

O cantor Igor Kannário interrompeu a apresentação e abandonou o trio pipoca que puxava na noite de segunda-feira (3) no Circuito Osmar (Campo Grande) após uma confusão com a Polícia Militar. O artista reclamou da forma que os PMs estavam tratando os foliões e criticou o uso de spray de pimenta durante a folia.

Segundo Kannário, o efeito do gás chegou a atingir crianças que estavam na pipoca e os músicos em cima do trio. “Façam o trabalho com consciência e responsabilidade. Há famílias que estão aí embaixo. Se ver alguém badernando… precisa de spray de pimenta? Prende. O uso é prejudicial. Estou rouco aqui já”, reclamou.

Ele ainda pediu uma reunião com o Comandante-Geral da PM-BA, Coronel Coutinho, para resolver as divergências. “[Minha] pipoca precisa ser respeitada como a de Bell, Saulo. Não sou ladrão, não sou traficante, não devo nada e preciso de vocês [policiais] aqui para proteger as mulheres, os trabalhadores”, solicitou.

O discurso durou cerca de dez minutos e, ao final, o cantor desistiu e finalizou o show. “Não aguento mais. Tenho que ficar dialogando por coisas que acontecem há mais de 20 anos. Se for para cantar vendo a galera tomando porrada lá embaixo, não dá para mim”, acrescentou.

Kannário também repetiu a ideia de que não quer mais tocar no Carnaval de Salvador. “Não consigo mais, já deu para mim. Obrigada, gente”, concluiu. Por fim, ele saiu do palco e a transmissão foi encerrada.

Nas redes sociais, a assessoria do cantor divulgou uma nota ressaltando que o spray de pimenta usado no circuito “prejudicou tanto a equipe envolvida quanto os foliões presentes no evento” e causou “desconforto e danos a diversas pessoas, incluindo o próprio artista”.

O cantor sofreu com irritações nos olhos, nariz e garganta e a equipe também foi atingida. Por fim, a declaração agradece a compreensão de todos, sobretudo, dos que permaneceram até o final do circuito.

A reportagem procurou a Polícia Militar para saber se a corporação gostaria de se pronunciar sobre o caso e aguarda retorno.

Fonte: Correio

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