Aconteceu nesta quarta-feira, 19, no Fórum da Comarca de Santaluz, o julgamento da coiteense Laize de Almeida Silva. Ela foi condenada pelo homicídio qualificado de Bruno de Sant’ana de Souza, adolescente trans, de 15 anos e usava o nome social Haila Vitória.
O crime aconteceu no dia 24 de fevereiro de 2024, em frente a um bar da cidade. As duas brigaram antes do ataque, mas o motivo da discussão nunca ficou totalmente esclarecido. Haila foi atingida por uma facada no peito e não resistiu. Câmeras de segurança registraram o crime, e Laize confessou a autoria.
Segundo o site Notícias de Santaluz, no tribunal, o promotor de justiça Wladmir de Sousa Jesus argumentou que Laize agiu com intenção de matar e motivo fútil, refutando a tese de legítima defesa apresentada pela advogada Rosiany Lima dos Santos. Ela tentou convencer os jurados de que Laize agiu para se proteger, mas o júri rejeitou essa versão. A advogada informou ao NS que irá recorrer da decisão.

A Justiça condenou Laize a 12 anos de prisão em regime inicialmente fechado, mas a pena foi reduzida para 9 anos porque ela tem filhos menores que dependem dela. Desde o dia do crime, ela já estava presa.

O caso avançou rápido na Justiça. A denúncia do Ministério Público foi apresentada em março de 2024, aceita em abril, e em agosto testemunhas foram ouvidas. No mês seguinte, o juiz Joel Firmino do Nascimento Júnior decidiu que Laize deveria ir a julgamento. Ela é moradora do povoado Boa Vista, na zona rural de Conceição do Coité, cidade localizada na mesma região de Santaluz.
O veredicto veio dois dias antes do aniversário de Haila, que completaria 16 anos na próxima sexta-feira (21).
Notícias de Santaluz