Feira: ex-funcionária de loja diz que termo bomba se refere a cartões e nega ter se referido a criança autista

A ex-funcionária da loja Riachuelo, do Boulevard Shopping, em Feira de Santana, usou as redes sociais na sexta-feira (17) para se pronunciar sobre o episódio ocorrido na loja durante o atendimento no caixa a uma mãe que estava com o filho autista, de 3 anos e 11 meses.

Um vídeo que viralizou nas redes sociais, também na sexta, mostra a cliente afirmando que ouviu a atendente dizer para a colega “não passar essas bombas para ela”, e que estaria se referindo a criança.

A ex-funcionária, por sua vez, afirma que não estava se referindo à criança, mas ao fato de a colega ter passado uma cliente que não estava usando cartão da loja, mas sim de terceiros, e que segundo ela, é chamado de bomba, um tipo de jargão interno.

“Eu sou operadora de caixa lá há mais de um ano. A situação ocorreu porque uma colega minha do trabalho, Tati, passou essa cliente preferencial para mim lá na ponta, sendo que ela não me explicou o que estava acontecendo com a cliente. Ela simplesmente jogou no meu caixa para eu passar. E eu perguntei, Tati, por que você está passando essa cliente para mim? E ela simplesmente me deu as costas e saiu. Até então eu atendi a mãe e a criança super bem e em nenhum momento eu destratei ela. Quando ela saiu do meu caixa eu virei para Tati. E eu falei, Tati, não traga mais essas bombas”, contou a operadora.

Ela continua o pronunciamento explicando o que quer dizer o termo bomba.

“Bombas, lá na Riachuelo a gente quer dizer cartão de terceiros. A gente não está se referindo ao cliente, a gente não está se referindo a ninguém. A gente está se referindo a cartão, porque lá dentro da empresa, todas as Riachuelos trabalham com metas. Se a gente passa um cartão Riachuelo a gente fica dentro da meta. Se você passa um cartão de terceiro, que não seja da loja, sua P.A. cai. E, por Tatiana trazer essa cliente pra mim com cartão de terceiro, eu achava que ela estava querendo passar o terceiro para mim e ficar com a P.A. E eu, por isso, interroguei a Tati, por que você está passando essa cliente pra mim? Em nenhum momento eu referi que a cliente era uma bomba, que a criança dela era uma bomba. Até porque eu não sabia que a cliente dela, a criança dela, tinha problema de autismo”, declarou.

Por fim, a ex-funcionária da loja de departamento disse que está passando dificuldades porque o marido dela está desempregado e que foi acusada injustamente.

“Eu vim por meio deste vídeo pedir para você, mãe, pra você pensar e ver a situação que você está fazendo comigo. Você sabe que eu não falei nada com você, nem com seu filho. Você sabe que eu te atendi muito bem no caixa. Eu fui prejudicada. Fui demitida injustamente. Tenho duas filhas, estou passando dificuldade. Meu esposo está desempregado. Eu estou sendo acusada injustamente por algo que eu que não cometi, que não falei”, concluiu. Veja o vídeo

Fonte: Acorda Cidade

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