A seca na região Norte e Nordeste do Brasil atingiu o nível mais baixo desde 1980, de acordo com dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao governo federal. Oito estados estão enfrentando a pior seca em quase quatro décadas: Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Maranhão, Piauí, Bahia e Sergipe.
A falta de chuvas tem causado problemas graves para a população local, como desabastecimento de comida e água, além de prejuízos à navegação. Os rios da região estão enfrentando seca persistente, o que agrava ainda mais a situação. Imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram a evolução do nível dos rios Negro, Solimões e Arquipélago de Anavilhanas, revelando diminuição acelerada da vazão.
Calor anormal
Conforme o g1, especialistas apontam que a combinação do fenômeno El Niño, que aquece o oceano Pacífico, junto com a distribuição de calor do oceano Atlântico Norte, estão inibindo a formação de nuvens e chuvas, o que contribui para a seca recorde na região;
A previsão é de que a seca se estenda até janeiro, podendo afetar ainda mais áreas do mapa;
Os impactos da seca extrema já são sentidos em diversas áreas, incluindo deslizamentos de terra, desabastecimento de energia elétrica e o aumento do desaparecimento de rios importantes para a região. A situação preocupa especialistas, que alertam para os impactos na agricultura e no abastecimento de água.
Essa seca histórica é resultado de um ano de El Niño, com temperaturas acima da média e uma estiagem severa na região Norte. A configuração cíclica da região, entre períodos de cheias e estiagem, foi afetada pela interferência do El Niño, que tornou a seca mais intensa e a cheia menos expressiva.
Diante desse cenário, é notável a preocupação com os impactos e a necessidade de medidas urgentes para mitigar os efeitos da seca, tanto para preservar os recursos hídricos como para garantir o bem-estar da população local.