Ponto de Cafezinho – Artistas de rodeio estão parados há 4 meses em Barrocas e relatam dificuldade para manter a família e animais

Depois de temporada de sucesso na cidade de Candeal, o rodeio dirigido por um experiente cowboy conhecido por “Seu Antonio”, mudou-se para Minação, povoado de Barrocas, localizado no território do sisal, mas não houve tempo nem de armar sua estrutura, porque chegou à pandemia e foi baixado o decreto de suspensão dos shows para não promover aglomeração e consequentemente o aumento de casos de Coronavírus.

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A pandemia deixou em frangalhos as artes circenses e dos rodeiros itinerantes, que tradicionalmente são os mais frágeis da indústria do entretenimento e os artistas tiveram recorrer às prefeituras para receber doações de cestas básicas e estão a espera da ajuda do governo federal para os profissionais da cultura. Na semana passada o Ponto de Cafezinho relatou o sofrimento do povo circense e agora estamos trazendo a realidade de artistas de rodeio que assim com dos circos vivem da bilheteria de cada dia de espetáculo.

Em Minação povoado que faz limite com Bandiaçu, distrito de Coité,  os equipamentos amontoados entre os 03 ônibus que servem de moradia e os caminhões, dentre eles um boiadeiro, esconde uma realidade de dificuldades financeiras, pois alem das famílias, tem os animais usados nos espetáculos.

Com a determinação de isolamento social por causa do novo coronavírus, o rodeiro está sem espetáculos há cerca de quatro meses e a família perdeu a sua única fonte de renda – a bilheteria dos espetáculos, que costumavam acontecer cinco vezes por semana. “A única solução é ficar aqui e esperar. Se eu conseguir alimentar a minha família e pasto para colocar nossos animais, já está bom demais”, afirma “Seu Antonio”, proprietário do Rodeio.

Atuando na informalidade, alguns dos artistas se cadastraram para tentar obter o benefício de R$ 600 concedido pelo governo federal por três meses aos trabalhadores sem carteira assinada, mas nem todos receberam.

Os artistas estão cumprindo isolamento social e só sai do terreno para comprar comida em armazéns e coletar água. Sem ligação com o sistema de abastecimento, os artistas dependem de vizinhos para conseguir baldes de água para tomar banho, cozinhar e lavar as mãos para evitar o contágio da doença.

A equipe do “Ponto de Cafezinho”, um dos quadros do CN que vai ao ar todas as quintas-feiras esteve no Povoado de Minação e o repórter Valdemi de Assis, mantendo toda recomendação da Organização Mundial de Saúde, conversou os artistas. Veja o vídeo

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