Enquanto isso a vida de quem precisa segue na anormalidade
A semana no município de Jacobina foi marcada por uma série de eventos envolvendo a área de saúde. Bolodórios e outros repetidos ludíbrios foram ouvidos nos quatro cantos da cidade, pelos mais diversos meios de comunicação possíveis. Nas emissoras de Rádio, na internet e até mesmo nas confrarias, parlamentos, bares, barbearias e padarias, não se falavam em outra coisa.
Reabertura do Hospital Regional Vicentina Goulart, visita do ex-secretário de Saúde do Estado e do ex-subsecretário da pasta, a discussão sobre o curso de medicina e a vergonhosa falta de pagamento de salários de profissionais de saúde que atuam no Hospital Municipal Antonio Teixeira Sobrinho, com paralisação de atividades, foram os principais assuntos da ‘mídia urbana’.
Os bajuladores, aqueles que por motivos escusos insistem em acreditar e fazer com que o seu vizinho também acredite que a saúde vai bem, obrigado, comemoraram bastante a movimentação. Já os coerentes, de sã consciência, aqueles que interpretam e agem com lucidez, assistiram a tudo com a ‘pulga atrás da orelha’, ou seja, desconfiando ou suspeitando de tudo e sendo solidário com as dezenas de pais de famílias que alegam não terem recebido seus salários há meses.
A visita do ex-secretário de Saúde do Estado e deputado eleito pelo PT Jorge Solla, neste momento sem a pasta e sem mandato, pois tomará posse no início de fevereiro deste ano, foi uma ótima e providencial demonstração que Jacobina poderá contar com o apoio de um dos grandes promissores na Câmara Federal. A presença do quase ex-deputado federal Amauri Teixeira em sua companhia também é outro ponto positivo. O orgulho dos baianos e principalmente dos jacobinenses, por ter sido um dos melhores parlamentares do país, sendo reconhecido inclusive por sua presença maciça em Brasília, Amauri também torna evidente a sua aproximação com o seu ex-colega de trabalho (quando foi subsecretário de Saúde da Bahia).
Quanto à visita de representantes do pernambucano Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), ao Hospital Regional Vicentina Goulart (HRVG), é um tanto que estranha. Conforme foi amplamente divulgado, tal instituição poderá assumir a gestão do nosocômio que se encontra há dois anos funcionando parcialmente, após o que tem caracterizado birra política ter se sobressaído à saúde e à vida dos que precisam de atendimento médico, procedimentos laboratoriais, intervenções cirúrgicas, internações hospitalares, entre outros.
Informações dão conta que o Imip será uns dos concorrentes da licitação para a implantação do curso de medicina em Jacobina. Mas o que intriga é o fato de o certame não ter nem data ainda para acontecer e se o município realmente cumpriu ou está cumprindo com as exigências do Ministério da Educação (MEC) para receber o curso. A boa notícia é a de que as coisas estão andando para que uma faculdade particular de medicina seja instalada na cidade, ou que finalmente acontecerá a tão necessária abertura dos serviços de atendimento pelo SUS no HRVG? O objetivo é transformar a instituição de saúde em hospital universitário ou normalizar os atendimentos? Não vencendo a licitação, a população jacobinense continuará não contando com o HRVG? No momento, só interrogações.
Por Gervásio Lima, Jornalista e historiador
A semana no município de Jacobina foi marcada por uma série de eventos envolvendo a área de saúde. Bolodórios e outros repetidos ludíbrios foram ouvidos nos quatro cantos da cidade, pelos mais diversos meios de comunicação possíveis. Nas emissoras de Rádio, na internet e até mesmo nas confrarias, parlamentos, bares, barbearias e padarias, não se falavam em outra coisa.
Reabertura do Hospital Regional Vicentina Goulart, visita do ex-secretário de Saúde do Estado e do ex-subsecretário da pasta, a discussão sobre o curso de medicina e a vergonhosa falta de pagamento de salários de profissionais de saúde que atuam no Hospital Municipal Antonio Teixeira Sobrinho, com paralisação de atividades, foram os principais assuntos da ‘mídia urbana’.
Os bajuladores, aqueles que por motivos escusos insistem em acreditar e fazer com que o seu vizinho também acredite que a saúde vai bem, obrigado, comemoraram bastante a movimentação. Já os coerentes, de sã consciência, aqueles que interpretam e agem com lucidez, assistiram a tudo com a ‘pulga atrás da orelha’, ou seja, desconfiando ou suspeitando de tudo e sendo solidário com as dezenas de pais de famílias que alegam não terem recebido seus salários há meses.
A visita do ex-secretário de Saúde do Estado e deputado eleito pelo PT Jorge Solla, neste momento sem a pasta e sem mandato, pois tomará posse no início de fevereiro deste ano, foi uma ótima e providencial demonstração que Jacobina poderá contar com o apoio de um dos grandes promissores na Câmara Federal. A presença do quase ex-deputado federal Amauri Teixeira em sua companhia também é outro ponto positivo. O orgulho dos baianos e principalmente dos jacobinenses, por ter sido um dos melhores parlamentares do país, sendo reconhecido inclusive por sua presença maciça em Brasília, Amauri também torna evidente a sua aproximação com o seu ex-colega de trabalho (quando foi subsecretário de Saúde da Bahia).
Quanto à visita de representantes do pernambucano Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), ao Hospital Regional Vicentina Goulart (HRVG), é um tanto que estranha. Conforme foi amplamente divulgado, tal instituição poderá assumir a gestão do nosocômio que se encontra há dois anos funcionando parcialmente, após o que tem caracterizado birra política ter se sobressaído à saúde e à vida dos que precisam de atendimento médico, procedimentos laboratoriais, intervenções cirúrgicas, internações hospitalares, entre outros.
Informações dão conta que o Imip será uns dos concorrentes da licitação para a implantação do curso de medicina em Jacobina. Mas o que intriga é o fato de o certame não ter nem data ainda para acontecer e se o município realmente cumpriu ou está cumprindo com as exigências do Ministério da Educação (MEC) para receber o curso. A boa notícia é a de que as coisas estão andando para que uma faculdade particular de medicina seja instalada na cidade, ou que finalmente acontecerá a tão necessária abertura dos serviços de atendimento pelo SUS no HRVG? O objetivo é transformar a instituição de saúde em hospital universitário ou normalizar os atendimentos? Não vencendo a licitação, a população jacobinense continuará não contando com o HRVG? No momento, só interrogações.
Por Gervásio Lima, Jornalista e historiador