Infectologista critica “jeitinho brasileiro” para burlar restrições contra o coronavírus e falta de vigilância do governo

                                    Por: Reprodução/ Youtube Por: Márcia Guimarães

Infectologista e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Nilse Querino garante que o lockdown, como tem sido feito no Brasil, não é eficiente para conter o avanço do coronavírus. Ela aponta que não há compromisso por parte das pessoas, que sempre recorrem ao “jeitinho brasileiro” para burlar as restrições, e uma vigilância intensa com multas altas para penalizar quem desrespeita as medidas.

Outro problema apresentado pela cientista é que o governo precisa dar um suporte financeiro forte enquanto ocorre o lockdown para que os comércios e as pessoas possam sobreviver, o que não tem ocorrido no Brasil. Ela comparou a situação com os países da Europa que têm feito os confinamentos de forma bastante rígida e eficiente, gerando uma redução drástica nos casos de Covid-19.

Em entrevista ao apresentador José Eduardo, nesta sexta-feira (28) na Rádio Metrópole, Nilse adiantou que, pela evolução das epidemias ao longo da História, o coronavírus não irá embora tão cedo. Será possível controlá-lo com a vacinação, o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social, mas a doença não desaparecerá.

A infectologista alerta que basta um pequeno aniversário “inocente” para infectar as pessoas. “São aglomerações inocentes que levam as pessoas a ficarem doentes, algumas têm o quadro agravado e outras acabam morrendo. E nem estou falando dos paredões. A sociedade não está fazendo a sua parte e a vacinação tem ocorrido de forma lenta. Tudo isso contribui para que a doença permaneça com esses níveis tão altos”, explicou a cientista.

Fonte: BNews

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