Uma comissária da Gol recebeu voz de prisão, na tarde deste sábado (23), após tentar impedir um delegado da Polícia Civil de embarcar em uma aeronave portando arma de fogo. O caso foi registrado no aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas (TO). A mulher foi levada para a Central de Flagrantes da região sul da capital, onde foi ouvida e liberada.
“Fui embarcar portando duas armas curtas, de acordo com a normativa da Polícia Federal, mas a encarregada não me permitiu entrar na aeronave. Não se dispôs a entrar em contato com os superiores. Delegados da Polícia Federal entraram em contato com o aeroporto, mas ela não quis liberar. Dei voz de prisão e ela está sendo ouvida e vai ser autuada em flagrante por constrangimento ilegal”, contou.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeroviários, o manual geral de operações da empresa, baseado na legislação vigente, estabelece as pessoas que têm a possibilidade de embarcar em aeronaves com armas. Segundo o diretor Matheus Ghisleni, há uma limitação de uma arma por passageiro, com um carregador extra.
“Independente de ser policial, se tiver o porte de arma e tentar embarcar com mais armas que o permitido, a empresa pode barrá-lo de entrar em um primeiro momento. Porque esse documento visa à segurança dos passageiros. Se há um conflito de leis, porque pode haver outra normativa que permita, isso deve ser debatido, mas a segurança coletiva deve prevalecer sobre o individual.”
Após a prisão da mulher, o delegado conseguiu embarcar para Brasília (DF).
G1