Com o sinal verde do Planalto, o PT do Senado retomará a linha de frente na defesa da votação, o mais rapidamente possível, do projeto que acaba com o sigilo eterno dos documentos oficiais considerados ultrassecretos.
Segundo interlocutores do governo, a presidente Dilma Rousseff ficou irritada com as críticas recebidas pelas idas e vindas em relação ao projeto. O texto que acaba com o sigilo eterno, aprovado na Câmara, é criticado pelos ex-presidentes Fernando Collor (PTB-AL), relator da matéria, e José Sarney (PMDB-AP).
Partiu de Dilma a determinação para que o Itamaraty se posicionasse publicamente, derrubando os argumentos dos dois de que a divulgação de documentos diplomáticos poderia criar problemas para o Brasil.
Nesta quarta-feira, depois de declarar na véspera que a base estava liberada para aprovar no Senado o texto do projeto aprovado na Câmara , a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, informou aos líderes que a posição do Planalto é pela manutenção do requerimento para votação da matéria em regime de urgência.
.O requerimento já foi protocolado na Mesa pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-AP).
- Eu apanhei por uma coisa que nunca defendi - reclamou Dilma com seus articuladores no Congresso, apesar de ela ter afirmado, antes de voltar atrás de novo agora, "que era público e notório" que ela tinha mudado de opinião. (O Globo){jcomments on}