A paixão de Débora Campos pelo tiro esportivo começou na adolescência. Ela já havia sofrido o atropelamento que comprometeu a mobilidade das pernas e ganhou do pai uma espingarda de ar comprimido. “Fiquei um tempão sem poder andar e meu pai levou a espingarda pra casa para ver se eu me distraía”, contou. Ela tinha apenas 13 anos... Mirou nas plantas da mãe e acabou com o jardim da casa. A brincadeira só passou a ser levada a sério em 2009, quando Débora disputou o primeiro campeonato de tiro esportivo e não parou mais. Em 2014, a carioca de 39 anos colocou o nome na história ao garantir a primeira e inédita vaga feminina do Brasil para os Jogos Paralímpicos do Rio-2016 em Pistola Sport. A vaguinha veio com a 9ª colocação individual no Mundial de Suhl, na Alemanha, disputado em julho. Débora Campos não fala em conquistar medalhas nos Jogos do Rio de Janeiro, mas tem um objetivo traçado. “Minha meta é estar na final. Depois da prova classificatória, as oito mais bem colocadas disputam a final”, disse ela, ciente da forte concorrência.Para alcançá-lo, a paratleta não se deu folga nas festas de final de ano. “Eu passei por uma cirurgia em fevereiro e preciso tirar o atraso, seguir com os treinos. O ano de 2014 foi muito melhor do que eu esperava e meu foco agora é 2016. Estou me preparando para os Jogos Paralímpicos e não posso parar”, avisou. (Correio)