Na manhã desta sexta-feira (7), a Polícia Federal iniciou a Operação Muralha II, visando desmontar um esquema criminoso relacionado à facilitação da migração ilegal e à formação de associação criminosa. O foco da investigação está na entrada clandestina de brasileiros em outros países, principalmente nos Estados Unidos.
No município de Iapu (MG), agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência dos suspeitos. O objetivo da PF é reunir novas evidências para fortalecer os indícios já coletados.
As apurações indicam que o grupo cobra valores entre R$ 20 mil e R$ 100 mil para viabilizar viagens irregulares ao exterior. O pagamento, muitas vezes, ocorre por meio da transferência de bens, como veículos e imóveis, para terceiros.
Além disso, a organização criminosa conta com suporte logístico de cúmplices que operam fora do Brasil. Durante as investigações, foi revelado que os migrantes também são alvo de ameaças, especialmente quando não conseguem concluir a travessia, mas ainda assim são coagidos a quitar os valores exigidos.
Embora não exista um número exato de brasileiros levados ilegalmente ao exterior, os investigadores estimam que o total já ultrapasse 100 pessoas.
Os envolvidos poderão ser processados por associação criminosa e promoção de migração ilegal, crimes que, juntos, podem resultar em penas superiores a oito anos de prisão.
Deportações
Três voos trazendo brasileiros deportados dos Estados Unidos já chegaram ao Brasil. O primeiro, em janeiro, desembarcou em Belo Horizonte com 88 passageiros. Os outros dois pousaram em Fortaleza, transportando 111 e 101 pessoas, respectivamente.
Entre os deportados do segundo voo, estavam dois brasileiros com mandados de prisão pendentes, que foram imediatamente detidos pela Polícia Federal.
Essa ação faz parte da política de deportação em massa do segundo governo de Donald Trump, que visa remover imigrantes ilegais do país.
Fonte: CNN Brasil
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