O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e chairman do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), Luiz Fernando Furlan, disse acreditar que “o Brasil vai bem” em relação ao cenário econômico.
“Em minha opinião, o Brasil vai bem. Eu, de formação, sou engenheiro e administrador; então, conto sempre com estatísticas, números, comparações. Quando falo fora do Brasil, digo: o Brasil está crescendo, o desemprego está caindo, as reformas estão andando, graças a essa coalizão, [que] às vezes parece um pouco turbulenta, entre os Poderes”, opinou, durante o Lide Brazil Investment Forum, realizado em Nova York, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (14/5).
Furlan destacou que “as exportações continuam muito ativas; a inflação, módica; e os juros estão caindo”. “O Brasil teve upgrade dos organismos internacionais; então, estamos a caminho de retornar ao investment grade que tivemos no começo dos anos 2000 e depois perdemos”, enfatizou o chairman do Lide.
Apesar das boas estatísticas e perspectivas citadas por Furlan, o setor público brasileiro teve um déficit acumulado de R$ 252,9 bilhões em 12 meses, segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil (BCB) no início de maio. O valor é equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB), percentual desafiador e que se configura, hoje, como grande problema para o governo.
Assim como os demais convidados do evento do Lide em Nova York, Furlan falou sobre a onda de solidariedade ao Rio Grande do Sul, devastado após enchentes que deixaram 147 mortos e 530 mil pessoas desalojadas.
“Vemos uma enorme solidariedade entre os brasileiros em relação aos problemas do Rio Grande do Sul. Em toda essa tristeza – e eu sou catarinense, vizinho do Rio Grande do Sul –, vejo que há um movimento fantástico de apoio, de estados que têm mandado equipes [de ajuda], e das pessoas também”, disse o ex-ministro.
Metrópoles