‘Bancada de Elmar’ não aparece para votar contra empréstimo de Jerônimo na Assembleia

Os principais aliados do deputado federal Elmar Nascimento (União) não compareceram na sessão desta quarta-feira (23) para votar contra o empréstimo de R$1,6 bilhão solicitado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) à Assembleia Legislativa. O texto foi aprovado à noite e a oposição ficou contra, alegando falta de transparência na destinação dos recursos - segundo o Executivo, o montante será aplicado em obras de infraestrutura e mobilidade.

Não apareceram para votar os deputados Marcinho Oliveira, Manuel Rocha, Robinho e Júnior Nascimento, todos do União Brasil (o primeiro é líder da sigla na Assembleia). Além deles, o deputado Pancadinha (Solidariedade), também próximo de Elmar, foi outro que não marcou presença. Dos que são mais ligados ao congressista, o único que esteve na sessão e votou contra o governo foi o deputado Emerson Penalva (PDT).

O Política Livre apurou que os seis estão insatisfeitos a condução líder da oposição, deputado Alan Sanches (União), principalmente por conta do posicionamento adotado em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite a reeleição do presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PSD), apresentada pelo deputado Nelson Leal (PP) ontem à noite. Nenhum dos seis assinou a PEC.

No último dia 8, em uma reunião movimentada na liderança da minoria, Alan Sanches decidiu liberar os parlamentares da oposição a se posicionarem individualmente sobre a PEC. Na ocasião, o grupo ligado a Elmar presente se colocou contrariamente ao texto. O deputado federal é adversário político de Adolfo em Campo Formoso, redutol eleitoral de ambos, e vão se enfrentar novamente no pleito do ano que vem, cada qual apoiando seu candidato a prefeito numa eleição que é do tipo BAxVI.

Os parlamentares próximo de Elmar alegam que, em setembro, numa reunião com o prefeito Bruno Reis (União), ficou decidido que a oposição só trataria do tema da reeleição e da disputa pela Mesa Diretora da Assembleia - que só acontece em fevereiro de 2025 - depois das eleições de 2024 (clique aqui para ler). Na época, não havia indícios de quando a PEC seria apresentada.

Além de Aalan Sanches, outros parlamentares do União Brasil, partido de Elmar, assinaram a PEC, inclusive o presidente do partido em Salvador, deputado Luciano Simões. Da legenda, também subscreveram os deputados Sandro Régis, Kátia Oliveira, Marcelinho Veiga e Pedro Tavares.

Como mostrou a coluna Radar do Poder de ontem (clique aqui para ler), os aliados de Elmar temem perder recursos para obras e ações nos redutos eleitorais de cada um indicados pelo deputado federal via emenda ou por meio da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), controlada politicamente pelo parlamentar.

Além disso, Elmar é o favorito para suceder o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), e abocanhar uma fatia ainda maior de poder e influência política. Para dar esse passo em Brasília, o deputado baiano tem se aproximado do PT, sobretudo do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

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