Um fato acontecido no dia 12 de setembro, mas que somente na terça-feira (19), foi divulgado no programa jornalístico da Rádio Liderança, chocou toda população do município de Jaguarari, localizado no norte da Bahia.
Trata-se de um erro grotesco na avaliação de uma enfermeira e uma médica durante o atendimento a uma criança de apenas 10 meses e que trouxe graves consequências aos pais dessa criança. As informações são do site Minuto Bahia.
De acordo com o portal, por volta da 9h da manhã, os pais da criança, buscaram atendimento médico no Posto de Saúde da Família (PSF) Odilon Gonçalves, no centro da cidade. Ao chegar na unidade de saúde a criança foi examinada por uma enfermeira. Durante o atendimento, a mãe da menina informou a profissional a existência de pequenos caroços na área genital externa. Segundo a mãe da menina, após uma análise preliminar a enfermeira chamou a médica da unidade para examinar e a mesma afirmou não saber do que se tratava e deixou o consultório.
A enfermeira emitiu a solicitação de avaliação com urgência para pediatra por motivo de “laceração de membrana himenal”. Como não havia pediatra no PSF, a criança acompanhada por seus pais, no mesmo dia, por volta das 11h, foi encaminhada para o Hospital Municipal de Jaguarari. A médica que atendeu a criança no hospital, seguiu o erro da enfermeira, examinou a criança e comunicou aos pais que acionaria Conselho Tutelar. Sem dizer o motivo já não permitiu que a mãe tivesse mais contato com a filha.
Segundo o pai da criança, ao retornar ao hospital, na companhia da mãe, deparou com a presença da Polícia Militar que iniciou o interrogatório ainda do lado de fora do hospital. A avó da criança ao entrar na sala de avaliação encontrou mais de sete enfermeiros, chorando e afirmando que a criança havia sido abusada sexualmente. Em seguida o Conselho Tutelar recebeu a denúncia de estupro de vulnerável por parte do hospital.
Ainda segundo os pais da criança, a sala de avaliação tinha grande circulação de pessoas e sem qualquer cuidado ou proteção com a integridade da menor. Daí, em diante começou ‘o inferno’ na vida dessa família, a criança foi entregue ao Conselho Tutelar, enquanto os pais eram acompanhados até a Delegacia, com registro de ocorrência e requisição de exame pericial.
No momento da avaliação da criança por um perito do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Senhor do Bonfim, foi constatado o erro dos profissionais de saúde de Jaguarari. Seguindo o perito, a criança não possuía nenhum trauma ou lesão interna e que a membrana himenal estava intacta. Ainda segundo o perito, os caroços se tratavam apenas de um quadro alérgico ou assadura e não de uma infecção sexualmente transmissível. Após a liberação da perícia, a criança foi levada a uma pediatra particular que confirmou o diagnóstico de dermatite e medicando a criança com pomada apropriada, solicitando aos pais a mudança na marca da fralda e do lencinho usado pela criança.
Após serem acusados injustamente e viverem ‘um inferno’ com comentários maldosos de populares, a família da criança ajuizou uma petição criminal, afim de buscar a responsabilidade do município e dos seus servidores que acusaram de forma injusta os pais da criança da pratica de abuso sexual.
CN | Minuto Bahia