A situação que vive os municípios nos últimos meses com a queda de arrecadação, principalmente do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) principal receita que entra nos cofres públicos municípais recebido da União, fez com que os gestores de prefeituras de cinco estados do Nordeste fechassem às portas nesta quarta-feira, 30, em protesto contra os cortes de verbas.
Milhares de prefeitos estão em Brasilia na tentativa de sensibilizar o Governo Federal, principalmente municípios de pequeno e médio porte que tem como principal receita o FPM. É o caso de Monte Santo e Araci, ambos no territporio do sisal da Bahia, administrados por Silvania Matos (PSB) e Keinha (PDT) respecticamente.
Além do corte do FPM, o Governo Federal bloqueou recursos que beneficiavam as pessoas mais carentes como Auxílio Gás, Farmácia Popular, Saúde, Educação e ainda cortou mais de 2 milhões de beneficiários do Bolsa Família, o que prejudicou ainda mais a economia de pequenos municípios do nordeste como Monte Santo,
A prefeita Silvania Matos que durante a pré-campanha presidencial em 2022 esteve em um evento com o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, tendo sido convidada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) para fazer parte da comissão que tinha como principal objetivo entregar uma carta compromisso para que, caso eleito fizesse um Governo com melhor investimento nos municípios. A mesma carta foi entregue a Bolsonaro na ocasião.
Silvania retorna com a senção de frustração, já que apesar de ter se reunido com os dois principais candidatos, apoiou Lula que teve votação expressiva em Monte Santo.
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Além de Monte Santo e Araci o CN testemunhou o fechamento de prefeitura de outros três municípios da mesma região. Valente, São Domingos e Retirolândia, todos lutando pela mesma causa. Coité o segundo maior do território do sisal, composto por 20 municípios não aderiu a paralisação.