Desde a manhã dessa segunda-feira 3, que a nova gasolina já está sendo distribuída nos postos de todo o Brasil, inclusive, na Bahia. Com ela, a expectativa é que o brasileiro vai rodar mais Km por litro e, segundo o secretário Executivo do Sindicombustíveis da Bahia, Marcelo Travassos, o custo de venda pelas distribuidoras será, em média R$10 centavos a mais, nos 2.800 postos espalhados por todo o Estado.
O recebimento da nova gasolina vai depender do estoque de cada posto. Na pesquisa ‘in loco’ realizada pela equipe da Tribuna da Bahia, frentistas disseram que o novo produto deve chegar às bombas entre a quinta e sexta-feira próximas. A Petrobrás, que distribui 90% do produto, em todo o País, garante que “o ganho de rendimento do motor compensa a diferença de preço da gasolina, pois o consumidor vai rodar mais quilômetros por litro”.
RESOLUÇÃO
A mudança de padrão instituída pelo governo federal se deve à Resolução nº 807/2020 publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis em janeiro (ANP). O texto estabelece novos parâmetros para a destilação, a octanagem e a massa específica da gasolina automotiva vendida no país. Segundo a resolução, “a gasolina com as antigas especificações ainda pode ser entregue nas distribuidoras até o dia 3 de outubro, e nos postos de revenda até o dia 3 de novembro”.A mudança no produto aproxima a gasolina brasileira do padrão praticado na União Europeia (EU). E que já havia sido acompanhado por países da América do Sul como Argentina e o Chile. Os novos parâmetros também ficarão mais parecidos com os usados nos Estados Unidos. Segundo a ANP e a Petrobrás, a nova gasolina brasileira é mais pesada e de melhor qualidade.
QUALIDADE
Além desses indicadores, a nova gasolina é considerada mais cara para ser produzida conforme o mercado internacional. Esse parâmetro é o usado como referência pela Petrobras para definir os preços de seus produtos. Especialistas da ANP e da Petrobrás, dizem, ainda, que a gasolina brasileira está sendo melhorada “para que os motoristas não sintam problemas com a qualidade; não tenha perda de potência nos motores, nem falhas na hora de partida; e não observem problemas de falha de detonação”.
A Petrobrás informa, também, que a nova gasolina está vindo justamente para se adequar às novas tecnologias e mesmo para um veículo antigo, não haverá nenhum problema. As estimativas que embasaram a mudança do produto foi de que haverá uma redução do consumo entre 4% a 6%. “Esses ganhos favorecem a eficiência do motor”, antecipa a ANP.
ADEQUAÇÃO
Para melhor atender aos seus clientes, a Petrobras começou bem cedo a adaptar as suas refinarias nas especificações da resolução. A empresa explica que o custo de produção é apenas um dos fatores que determina o preço final da nova gasolina brasileira. Preço esse que também é influenciado pelas cotações do barril de petróleo e do câmbio e pelo custo com frete.
“Esses fatores podem variar para cima ou para baixo e são mais influentes no preço do que o custo de formulação”, disse em nota a Petrobras que lembra ser responsável por apenas 28% do preço final da gasolina nos postos de serviço. “As demais parcelas são compostas por tributos, preço do etanol adicionado e as margens das distribuidoras e revendedores”. (Tribuna da Bahia)