Número de mortos em presídio de Manaus é o maior desde o Carandiru

Número de mortos em presídio de Manaus é o maior desde o Carandiru

As 60 mortes de detentos confirmadas até agora no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, no Amazonas, configuram o fato como uma das maiores chacinas em prisões desde o Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos foram mortos pela polícia.

A rebelião que começou no domingo (1º) e seguiu até a manhã da segunda-feira (2) faz parte da história recente do país em que outros episódios de rebeliões acabaram com dezenas de mortos e feridos.

Veja outras rebeliões que resultaram em dezenas de mortos no Brasil:

Carandiru, em 1992

O Massacre do Carandiru, como ficou conhecida a ação da Polícia Militar (PM) para controlar uma rebelião no pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo, terminou deixou 111 presos mortos. A rebelião teve início com uma briga entre grupos rivais de presos. O então comandante da Tropa de Choque da Polícia Militar (PM), coronel Ubiratan Guimarães, entrou na casa de detenção com seus comandados armados com fuzis, metralhadoras e revólveres para, em tese, “controlar a situação” que terminou com mais de uma centena de mortes.

Casa de Custódia de Benfica, em 2004

Ao todo, 30 detentos morreram na rebelião que começou após uma tentativa de fuga em massa no presídio do Rio de Janeiro. Ao menos 14 prisioneiros conseguiram fugiram e três foram resgatados. Os internos que não conseguiram fugir começaram a rebelião, tomando como reféns 26 pessoas, entre agentes penitenciários e policiais reformados que integravam uma cooperativa de vigilância. Os reféns foram liberados aos poucos.

Presídio de Urso Branco, em 2002

No primeiro dia do ano, 27 homens foram mortos no que seria a maior e mais sangrenta rebelião registrada no Urso Branco, em Rondônia. Os presos de alguns pavilhões começaram a assassinar internos do chamado “Seguro”, onde ficavam os que eram ameaçados de morte. Os rebeldes fizeram reféns e mataram os outros detentos com requinte de crueldade – alguns foram mortos a golpes de chuchos (armas artesanais) e tiveram a cabeça e outras partes do corpo decepadas.

Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em 2010

Uma rebelião deixou 18 mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. Os cinco funcionários do sistema penitenciário passaram quase 30 horas em poder dos detentos. A Secretaria de Administração Penitenciária atribuiu a rebelião ao descuido de um agente no momento de retirar os presos da cela. Um detento tomou a arma do agente e deu início ao motim. Depois de mais de 24 horas, os rebelados pediram as presenças de uma juíza e de um religioso e, em seguida, entregaram as armas.

Ilha Anchieta – Ubatuba, em 1952

A matança ocorrida durante uma rebelião na Ilha Anchieta, em Ubatuba (SP), em 1952, marcou a história dos motins nos presídios brasileiros e deixou 108 detentos e 10 funcionários mortos segundo os jornais da época. O local era conhecido como a “Alcatraz brasileira”, em referência à famosa prisão americana que ficava em uma ilha. Investigações apontaram que a rebelião foi arquitetada durante um ano por um dos detentos. Os presos dominaram os funcionários da prisão e iniciaram a revolta, tomando o arsenal da polícia que ficava no local. O grupo planejava fugir da ilha, mas o motim saiu do controle.

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