Revolução SUV – ivo Gomes

Neste último domingo (16) – dia dos últimos protestos contra o Governo Dilma -, não por acaso, foram nesses luxuosos utilitários que boa parte dos manifestantes se dirigiram até os locais dos protestos, principalmente nos grandes centros (São Paulo, Rio, BH…).

Quem assistiu ou participou dos protestos viu: a esmagadora maioria era de brancos, da classe média e residentes de condomínios fechados (não se viu morador do Minha Casa Minha Vida).

No Brasil, não é novidade a elite se rebelar quando vê seus interesses ameaçados e, na maioria das vezes, de formas antidemocráticas e preconceituosas: “não se acha mais empregados para trabalhar em minha casa”, “esses engarrafamentos são culpa do Lula, que deixou pobre comprar carro”, “Bolsa Família é esmola, deixa o povo preguiçoso”, “essas cotas são injustas e não servirão pra nada, não irão acompanhar o nível da universidade”, “contra essa corrupção toda, bom mesmo era uma intervenção militar”, entre outras barbaridades…

Durante toda a história, desde o Brasil Colônia, passando pela queda da Monarquia, pela República Velha, Revolução de 1930, Golpe Militar de 1964 até um passado recente, o povo sempre esteve alheio a tudo e o protagonismo das revoluções sempre foi das elites, até porque seus interesses sempre estiveram acima dos interesses do povo.

Mas isso faz parte do nosso passado…

O povo brasileiro de hoje é outro: senhor de direitos e sabedor de quem o representa – e, definitivamente, não são aqueles políticos dos adesivos estampados em SUVs.

Mas o golpe continua na pauta das elites: impeachment, rejeição de contas na Câmara, volta dos Militares etc e com total apoio da mídia oposicionista (Globo, principalmente…).

Exemplos da agenda anti-PT da mídia:

O chamado mensalão envolveu uma dezena de partidos, mas, para a Globo, foi um esquema de um partido só: “mensalão do PT”; qualquer investigado na Lava Jato, de um jeito ou de outro, tem que ser vinculado ao PT, o último exemplo foi do sujeito que, logo após sua prisão, passou a ser identificado como um “ex-vereador do PT” – ora, não se falou quando cumpriu o mandato, em qual cidade, se ainda está filiado ao partido, se exerce atualmente qualquer outra atividade, se os fatos que justificaram sua prisão têm relação com sua atividade política.

O que vale para Globo é que em alguma vez na vida, o investigado teve alguma relação com o PT, isso é que é o importante. É uma busca incessante para criminalizar o partido.

Quem ganha com isso? Claro, os ilustres representantes das elites… Aqueles mesmos adesivados nas SUVs… Os que sempre visaram o poder pelo poder… Os que ignoraram o povo… Quem não se importa com os danos que um eventual impeachment traria à economia, à política e à vida do povo mais pobre (os que mais sofrem com o agravamento das crises).

A verdadeira revolução já foi feita e ainda está em curso, mas o detalhe é que ela não foi televisionada…, mas foi sentida. O povo não compareceu no dia 16 de agosto!

 

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