Em depoimento prestado ontem (29) à Polícia Federal depois de ter sido preso em São Paulo, o dono da empresa Rodrimar, Antônio Celso Grecco, relatou uma frase que teria ouvido de Michel Temer, vice-presidente na época, sobre a concessão de áreas no porto de Santos: “Vou ver o que posso fazer”. Já em dezembro do ano passado, Grecco afirmou à PF que não havia discutido questões do setor portuário com Temer. Em janeiro, ao responder questionário formulado pela Polícia Federal, o emedebista negou que tenha tratado do assunto com Grecco. “Tentam mais uma vez destruir a reputação do presidente Michel Temer. Usam métodos totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação”, afirmou por meio de nota a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Grecco foi preso ontem, durante a Operação Skala, deflagrada pela Polícia Federal após autorização do ministro Luís Roberto Barroso, a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O objetivo da operação foi coletar provas para o inquérito que investiga se o presidente editou um decreto a fim de beneficiar empresas portuárias, em especial a Rodrimar, em troca de propina. O presidente Michel Temer nega envolvimento. A empresa diz que não pagou propina a nenhum agente público. Na operação, foram alvos de prisão temporária dois amigos do presidente, um ex-ministro e empresários. (Metro1)
