Abre-te sésamo(em homenagem ao Raul, o Seixas) – Payayá Jr.
O poeta empunha sua espada e brada:
Aqui estou desnudo para o mundo!
Abrindo-me das chaves que me amordaçam!
Num sopro de palavras esvazio-me do que me atormenta
E assim vou me sentindo cada vez mais gente!
Deixo de lado as roupas que aos poucos vão me cobrindo
Para que nada possa ver
Tornando-me um cego banal
Acostumado a tudo e a todos!
Não, não mais participo dessa farsa!
Não quero me distanciar de quem de mim diferente pensa!
Não, não quero ficar longe do louco!
Como se contágio fosse a sua vida!
Nem do pobre de posses
Como se nada dele brotasse!
Nem dos gêneros
Como se seus gostos
Fossem mazelas!
E muito menos dos mais diferentes!
Como se absurdo não fosse o comportamento normal que afasta seu semelhante!
Quero me afastar sim!
Dos que sugam a seiva do inocente!
Dos que se apropriam do alheio!
Dos que nunca cessam seus gosto pela soberba fome material!
Dos que dos outros fazem humilhar-se por seus caprichos!
Dos caprichos do egoísta!
Emfim!
Quero me afastar de quem não deseja a vida!
Se com minha espada não morres!
Com ela não deixo que me mates!