04/07/2011 - Muitos pais preocupam-se que o fato de manter um cachorro ou um gato em casa possa fazer a criança ter mais chances de desenvolver alergias a animais de estimação. Porém, evidências científicas sugerem o contrário.
Em vez disso, totós e bichanos parecem ter um efeito contrário. A maioria dos estudos agora mostra que crianças que são expostas a animais de estimação durante seu primeiro ano têm menor probabilidade de desenvolver alergias a cães e gatos no futuro.
No último estudo, publicado este mês no jornal Clinical & Experimental Allergy, pesquisadores no Hospital Henry Ford em Detroit acompanharam 566 meninos e meninas do nascimento aos 18 anos, coletando regularmente dados das famílias das crianças sobre sua exposição a animais domésticos. Ao final do estudo, os pesquisadores colheram amostras de sangue e as testaram por sua sensibilidade a cães e gatos.
As crianças que dividiam o lar com um gato em seu primeiro ano de vida tinham metade da probabilidade de serem alérgicas a gatos em relação aos que não tinham. Um risco baixo também foi identificado em meninos que viviam na infância com um cachorro, ainda que por alguma razão o efeito não era tão forte como em meninas.
Os pesquisadores também concluíram que a exposição em idades mais avançadas não fazia muita diferença – era a exposição na infância que importava. Outro estudo publicado no jornal da Associação Médica Americana em 2002 documentou um padrão similar: crianças expostas a dois ou mais cães ou gatos em seu primeiro ano de vida tinham menor chance de desenvolver alergias a ácaros de poeira, ambrósia americana e pelos de cães e gatos. IG