18/7/2011 0h16 - No que depender das perspectivas dos órgãos oficiais, não vai faltar emprego para os baianos até 2014, quando Salvador sediará jogos da Copa do Mundo. De pedreiros a cozinheiros, a expectativa da Secretaria Especial da Copa (Secopa) é de que 50 mil novos empregos diretos e indiretos sejam gerados para receber bem os visitantes.
“As vagas contemplarão desde as obras de construção da Arena como também as intervenções de mobilidade urbana, além dos serviços ligados à hotelaria, saúde, segurança, tecnologia, interiorização do evento no estado e também para serviços temporários”, informa a Secopa.
Garçons, barmans, recepcionistas, monitores, condutores de veículos e guias de turismo são os que terão mais disponibilidade de vagas na temporada, com mais chances para aqueles que já falam outros idiomas.
Segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da cidade de Salvador (SHRBS), 10 mil desses empregos serão no setor de turismo graças à perspectiva de aumentar de 35 mil para 45 mil a disponibilidade de leitos em Salvador. Somando-se às 15 mil camas já existentes no Litoral Norte e Região Metropolitana, a Bahia terá uma oferta de 60 mil leitos.
Apesar de prever tanta fartura, o fantasma do apagão na mão de obra ronda os bancos de empregos. No setor turístico, por exemplo, é grande a preocupação quanto à falta de profissionais qualificados para atender a um público tão diferenciado que está por vir. “Há vagas em todos os setores, mas não há pessoas com qualificação para ocupar as vagas”, pontua o presidente do SHRBS, Sílvio Pessoa.
Um retrato dessa realidade preocupante são os quadros de funcionários das grandes redes hoteleiras que já operam aqui na Bahia. “ Muitas delas estão trazendo profissionais de outros estados e até da Europa, porque aqui não encontram pessoas com qualificação para os cargos de nível gerencial. Os baianos, infelizmente, estão sendo aproveitados nas funções que estão na base da pirâmide social”, alerta Pessoa. IBahia